sábado, 19 de novembro de 2011

“Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.” 
Caio Fernando Abreu
"Todo sopro que apaga uma chama, reacende o que for pra ficar..."

(O Teatro Mágico)
"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você..."

(O Teatro Mágico)
"(...) e me bateu uma vontade insuportável de te abraçar e poder te desejar todas as coisas boas que você merece, e até mesmo as que você nem merece."

(Maria Rita)
"Não precisa correr tanto, o que é seu às mãos lhe há de vir..."

(Machado de Assis)
"Às vezes te odeio por quase um segundo... depois te amo mais..."

(Cazuza)
"Sem verdade, sem dúvida, nem dono. Boa é a vida, mas melhor é o vinho. O amor é bom, mas é melhor o sono."

(Fernando Pessoa)

"Pois namorar não é só juntar duas atrações, no velho estilo ou no moderno estilo, com arrepios, murmúrios, silêncios, caminhadas, jantares, gravações, fins-de-semana, o carro à toda ou a 80, lancha, piscina, dia-dos-namorados, foto colorida, filme adoidado, rápido motel onde os espelhos não guardam beijo e alma de ninguém. Namorar é o sentido absoluto que se esconde no gesto muito simples, não intencional, nunca previsto, e dá ao gesto a cor do amanhecer, para ficar durando, perdurando, som de cristal na concha ou no infinito."

(Carlos Drummond de Andrade)
"Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão."

(Carlos Drummond de Andrade)
"Quero apenas ver você,
sentir você,
pegar em você como se pega
num objeto precioso.
Ter mais uma vez (a última?)
a sensação de que você é
uma admirável criação da natureza
ou do demônio,
uma coisa diferente de todas as coisas."

(Carlos Drummond de Andrade)
"Eu já tomei tristeza,
hoje tomo alegria."

(Manuel Bandeira)
"Sinto uma falta absurda de você. Ficou um vazio que ninguém (pre)enche, e penso e repenso e trepenso em você aí. Tá tudo bem assim."

(Caio Fernando Abreu)
"Ele me dá vontade de viver (...) Ele me dá vontade de cantar, de rir, de ser feliz! Me dá força, me dá fé."

(Caio Fernando Abreu)
"Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos (...) tinha de ser justo amor, meu Deus?"
Caio Fernando Abreu
"Mas no meio da fuga, você aconteceu. Foi você, não eu, quem buscou. Mas o dilaceramento foi só meu, como só meu foi o desespero."

(Caio Fernando Abreu)
"(...) tentávamos desvendar um ao outro, mas não íamos além da tentativa, (...) Não, não era amor, não foi amor. Tudo explodia num plano muito mais alto, muito mais intenso. Nos desvendávamos com a fúria dos que antecipadamente sabem que não vão conseguir jamais."
Caio Fernando Abreu
"Eu ando muito infeliz, Dudu, este é um segredo que conto só para você: eu tenho achado, devagarinho, cá dentro de mim, em silêncio, escondido, que nem gosto mais muito de viver, sabia?"
Caio Fernando Abreu
"Eu gostaria de ir embora para uma cidade qualquer, bem longe daqui, onde ninguém me conhecesse, onde não me tratassem com consideração apenas por eu ser “o filho de fulano” ou “o neto de beltrano”. Onde eu pudesse experimentar por mim mesmo as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro vôo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotado, ferido, humilhado - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou." Caio Fernando Abreu
"(...) e me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas... dizer que te considero - pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida - e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero."
Caio Fernando Abreu
E aqui estou eu de novo. Tendo que suportar a dor de ver você partindo e pensar que nunca mais vou ter você de novo, nunca mais te olhar nos olhos, ver você me mimando, me fazendo rir, me ligando, me irritando... Nunca mais te beijar,  abraçar e sentir teu perfume que eu gosto tanto. Tendo que fingir que eu não sinto absolutamente nada. Te ver passar e fingir que nada aconteceu entre a gente. Fazer força pra não te ligar e pedir pra voltar e chorar loucamente dizendo que eu te amo...
“Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.”
Caio F.